Um estudo realizado por pesquisadores britânicos sugere que homens que vivem em lugares poluídos têm mais chances de desenvolver calvície.
Os especialistas, da University of London, acreditam que as toxinas encontradas no ar poluído e na fumaça do cigarro podem fazer com que o cabelo pare de crescer ao bloquear a proteína que produz os fios.
Os pesquisadores confirmaram que a calvície é hereditária, mas que fatores ambientais podem exacerbá-la.
Para confirmar sua tese, eles retiraram folículos capilares de amostras de cabelo de homens com calvície e os analisaram em laboratório.
Novos tratamentos – Os cientistas identificaram deficiências no processo de crescimento dos fios, causadas por estresse oxidativo – que resulta no acúmulo de radicais livres, danificando as células.
O estresse oxidativo é agravado pelos efeitos da fumaça do cigarro e da poluição do ar, acrescentaram os especialistas.
“Nós acreditamos que qualquer poluente que entre na corrente sangüínea, na pele ou no folículo capilar pode causar algum tipo de estresse e interferir na capacidade do cabelo de construir a fibra”, explicou Mike Philpott, pesquisador envolvido no estudo.
Ele acrescentou: “Há uma base hereditária para a perda de cabelo, mas agora identificamos fatores ambientais que também devem ser considerados”.
Os pesquisadores dizem que os resultados do estudo aumentam a esperança de novos tratamentos para a calvície, que podem incluir o desenvolvimento de cremes para atuar localmente no combate aos efeitos dos poluentes.
A equipe agora pretende fazer novos testes e disse que vai tentar fazer crescer cabelo em ambientes impregnados com nicotina e outros poluentes encontrados no ar.
Fonte: Estadão Online