
Estresse faz cair o cabelo?
A resposta é sim, mas não estamos falando daquela situação em que você está tão ansioso ou nervoso que acaba puxando os próprios fios (isso é um distúrbio chamado tricotilomania, que é outra questão).
Estamos nos referindo à queda de cabelo causada pelo impacto do estresse no sistema imunológico e nervoso.
Sim, o estresse pode, de fato, levar à perda de cabelo, e isso acontece de maneiras que muitas pessoas nem imaginam. Vamos entender melhor como isso funciona e o que pode ser feito para evitar ou tratar o problema.
Estresse faz o cabelo cair?
O estresse pode fazer cair o cabelo, e isso não é um mito. Quando estamos sob estresse crônico, nosso corpo libera hormônios como o cortisol, que, em excesso, podem afetar o ciclo natural de crescimento dos fios.
Além disso, o estresse pode desencadear reações no sistema imunológico, levando a condições como a alopecia areata, que causa queda de cabelo em áreas específicas.
Mas como isso acontece? O estresse intenso pode “confundir” o sistema imunológico, fazendo com que ele ataque os folículos capilares, interrompendo o crescimento dos fios.
Isso não significa que todo mundo que passa por um período estressante vai perder cabelo, mas para quem já tem predisposição genética ou outros fatores de risco, o estresse pode ser o gatilho que falta.

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A ansiedade faz cair o cabelo?
A ansiedade, que muitas vezes anda de mãos dadas com o estresse, também pode contribuir para a queda de cabelo.
Quando estamos ansiosos, nosso corpo entra em um estado de alerta constante, o que pode afetar o equilíbrio hormonal e, consequentemente, o ciclo capilar.
Além disso, a ansiedade pode levar a hábitos prejudiciais, como má alimentação, noites mal dormidas e falta de cuidados com a saúde, fatores que também influenciam na saúde dos fios.
É importante destacar que a queda de cabelo relacionada à ansiedade e ao estresse costuma ser temporária. Uma vez que o fator emocional é controlado, os fios tendem a voltar a crescer.
No entanto, em alguns casos, a queda pode persistir, especialmente se não for tratada adequadamente.
Qual a diferença entre queda de cabelo e alopécia?
Muita gente confunde queda de cabelo com alopécia, mas são coisas diferentes. A queda de cabelo é um processo natural: perdemos entre 50 e 100 fios por dia, e isso faz parte do ciclo de renovação capilar.
No entanto, quando a queda é excessiva e persistente, pode ser um sinal de alopécia, que é a perda anormal de cabelo.

A alopécia pode ter várias causas, desde fatores genéticos até questões hormonais, imunológicas ou emocionais. Uma das formas mais comuns de alopecia relacionada ao estresse é a alopecia areata.
Alopécia areata: alopecia por estresse
A alopécia areata é um tipo de queda de cabelo que está diretamente ligada ao sistema imunológico e, em muitos casos, pode ser desencadeada por estresse.
Normalmente, nesses casos, o paciente nota uma queda súbita dos fios, que formam pequenas e médias falhas no couro cabeludo.
No entanto, em alguns casos, pode ocorrer uma perda generalizada de todos os fios de cabelo no couro cabeludo e, inclusive, dos pelos corporais (barba, sobrancelha, cílios, braços, pernas, peito, costas, etc.).
A boa notícia é que, na maioria dos casos, a alopécia areata é transitória. Com o tratamento adequado e o controle do estresse, os fios costumam voltar a crescer.
No entanto, em situações mais graves, a queda pode ser generalizada, afetando todo o couro cabeludo e até mesmo os pelos corporais.
De acordo com o Hospital Albert Einstein, a alopécia areata atinge cerca de 1% a 2% da população, podendo surgir em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas abaixo dos 20 anos.
Além do estresse, outros fatores como predisposição genética, doenças autoimunes (como lúpus e vitiligo) e infecções podem contribuir para o desenvolvimento da condição.
Como identificar alopécia areata?
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a alopécia areata é caracterizada por áreas arredondadas e bem definidas de queda de cabelo, deixando o couro cabeludo liso e sem fios.
Essas falhas podem aparecer de repente e, em alguns casos, podem se expandir ou se unir, formando áreas maiores de calvície.
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Estresse faz cabelo cair: o que usar?
Se você está lidando com queda de cabelo causada por estresse, é fundamental buscar ajuda de um dermatologista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado.
Em muitos casos, medicamentos como a finasterida e o minoxidil podem ser indicados.
- Finasterida: um medicamento oral que inibe a enzima responsável pela conversão de testosterona em dihidrotestosterona (DHT), hormônio que contribui para a queda de cabelo em pessoas com predisposição genética;
- Minoxidil: um tratamento tópico que estimula o crescimento capilar e pode ser usado tanto por homens quanto por mulheres.
No entanto, é importante ressaltar que esses medicamentos só devem ser usados sob prescrição e acompanhamento médico.
Além disso, é essencial tratar a causa do estresse, seja com terapia, mudanças no estilo de vida ou outras abordagens que ajudem a restaurar o equilíbrio emocional.
Em casos mais agressivos, ou em se tratando de outros tipos de alopécia, quando o estresse também pode contribuir com a queda dos fios, existem outros tratamentos indicados.

Cuidados com a queda de cabelo causada por estresse
O estresse faz cair cabelo, sim, e isso pode acontecer de várias formas, desde a interrupção do ciclo capilar até o desenvolvimento de condições como a alopécia areata. A boa notícia é que, na maioria dos casos, a queda de cabelo relacionada ao estresse é reversível, especialmente quando tratada de forma adequada.
Se você está percebendo os primeiros sinais desta condição, é hora de buscar um médico especialista.
Na clínica Pereira Medical, você encontra dois especialistas na área:
Dr. João Carlos Pereira
O dermatologista Dr. João Carlos Pereira é especializado em dermatologia estética, cirurgia dermatológica e cosmiatria, uma referência na área de transplantes.
Ao longo de sua carreira acompanhou o desenvolvimento de todas as técnicas conhecidas e já realizou mais de 17 mil procedimentos, promovendo resultados muito satisfatórios, tanto que 83% de seus pacientes são oriundos de indicações de outros pacientes.
Atualmente é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e International Society of Hair Restoration Surgery.
Dr. João Pedro C. Pereira
Já seu filho, Dr. João Pedro C. Pereira, é um dermatologista especializado em tricologia, oferecendo tanto tratamentos clínicos quanto cirúrgicos para diversos tipos de queda de cabelo.
Hoje, é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar e da International Society of Hair Restoration Surgery.
Ambos estão sempre atualizados com as mais modernas tecnologias e técnicas da área, participando ativamente dos principais congressos mundiais.
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